domingo, 2 de dezembro de 2007

O Cantinho do Bem Estar.

"...e a torta de chocolate do cantinho do bem estar também."


falar do cantinho do bem estar é um dilema. o lugar é pequeno e bom. muito pequeno. e quando eu digo pequeno, pense sala de jantar da sua casa. ok, talvez é um tiquinho maior. mas é miniatura. ou seja, o problema de divulgar o cantinho do bem estar é exatamente esse: ajudar a preencher as mesas do restaurante e dificultar a sua, a minha, a nossa visita. certa vez, enquanto esperava uma mesa na frente do restaurante, encontrei duas turistas que procuravam o restaurante: "é aqui, o cantinho do bem estar?" cheguei a pensar em mentir. mas a senhora que perguntou tinha nos olhos um certo brilho de esperança. esperança de quem ia finalmente colocar os dentes nos camarões com molho de alho do cantinho do bem estar. bom, eu disse que era ali. elas estavam na frente do restaurante. perguntei como ela sabia da existência do mesmo, e ela me mostrou um guia. ou seja, cada vez mais, as pessoas fazem filas para comer lá. ou seja, dá para entender o dilema de divulgar ainda mais o lugar. mas como o nome diz, este é o guia fucking fuckers. e como o cantinho do bem estar é fucking fuckers, aqui está. o atendimento: diferente. isso, diferente. do carinha que recebe você, até o carinha da cozinha, digamos que todos têm um humor diferente. talvez não são as pessoas mais risonhas da história, mas tratam bem. acho que como o lugar é minúsculo e a procura é enorme, o pessoal do cantinho do bem estar fica um tiquinho mais tenso do que o normal. mas sem dramas. se o carinha falar que você não pode colocar o casaco atrás da cadeira pois vai atrapalhar a circulação... beleza. deixe ele resmungar. faz parte do clima do lugar. aos poucos tudo parece normal. ainda mais quando a comida chegar. peça os camarões com molho de alho. peça ameijoas. peça o arroz de tamboril. as pataniscas também são excelentes. outro dilema do lugar, as sobremesas. a torta de chocolate, por exemplo é muito fucking fuckers. ou seja, guarde um espaço. ou não. leve para casa (nota: eles não têm quentinha, a torta vai embalada num papel laminado. mas tudo bem.) e finalmente, as porções. são gigantes. e quando eu digo gigantes, me refiro a um tamanho que seria suficiente para servir um gigante com fome. muita fome. duas pessoas? uma porção. três pessoas? dois pratos. quatro pessoas? dois pratos e duas sobremesas. depois que você comer lá a primeira vez, vai entender. não faz reserva, só aceita dinheiro. o vinho da casa é honesto e a cerveja quase bem gelada. vale enfrentar o frio. vale enfrentar a fila. vale voltar. sempre. é daqueles lugares para levar a mãe quando ela estiver na cidade visitando. e é também daqueles lugares para levar a mulher quando você quiser marcar uns pontos.

endereço: Rua do Norte, 46 Telefone: 21 346 42 65 (não abre segunda-feira)

avaliação:

camarão com molho de alho: ****
ameijoas: ****
pataniscas: ***
arroz de tamboril:***
salada zambers (não sei o nome, mas é só pedir uma que vem com queijo fresco e morangos que o carinha vai saber.): ***
torta de chocolate: ****

preço:
na primeira vez, quando você não vai acreditar em mim e vai acabar pedindo um prato para cada um: $$$

na segunda vez: $$